Folha-de-Flandres é o nome de uma máscara utilizada durante o período da escravidão do Brasil, período manchado pela coerção exercida sobre seres humanos provenientes do continente africano que eram transformados em mercadorias e obrigados a trabalhar para a manutenção da própria vida.
O escritor Machado de Assis, em seu conto “Pai contra Mãe”, relatava que
Infelizmente, a Folha-de-Flandres do século XVI transcorreu os últimos séculos, chegando até os dias atuais do Brasil através de novas rotulações, mas com o mesmo escopo: manter calada a massa de marginalizados do país.
Hoje, os meios utilizados são diversos, tais como: o Direito, a Ideologia, a Escola, a Televisão, entre outros.
A embriaguez, a "vagabundagem", a subversão, estas são formas que a elite encontra para ocultar os reais motivos da exclusão de milhões de brasileiros. Ao invés da terra, da educação ou do emprego, impõem-se máscaras sobre as cabeças humanas, privando-lhes do ato de pensar, criticar, transformar.
No entanto, quando com muito esforço a massa de excluídos consegue se livrar da máscara que lhes oprime, surge o Estado com suas peias, chibatas e cacetetes para livrar a população (leia-se: a elite) da ameaça em potencial mediante o derramamento de sangue de milhares em benefício de dezenas.
É, às vezes a ordem social nunca pode ser garantida sem um pouco de crueldade...
O escritor Machado de Assis, em seu conto “Pai contra Mãe”, relatava que
a máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Como o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco e alguma vez o cruel.
Infelizmente, a Folha-de-Flandres do século XVI transcorreu os últimos séculos, chegando até os dias atuais do Brasil através de novas rotulações, mas com o mesmo escopo: manter calada a massa de marginalizados do país.
Hoje, os meios utilizados são diversos, tais como: o Direito, a Ideologia, a Escola, a Televisão, entre outros.
A embriaguez, a "vagabundagem", a subversão, estas são formas que a elite encontra para ocultar os reais motivos da exclusão de milhões de brasileiros. Ao invés da terra, da educação ou do emprego, impõem-se máscaras sobre as cabeças humanas, privando-lhes do ato de pensar, criticar, transformar.
No entanto, quando com muito esforço a massa de excluídos consegue se livrar da máscara que lhes oprime, surge o Estado com suas peias, chibatas e cacetetes para livrar a população (leia-se: a elite) da ameaça em potencial mediante o derramamento de sangue de milhares em benefício de dezenas.
É, às vezes a ordem social nunca pode ser garantida sem um pouco de crueldade...
Um comentário:
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