A notícia de que uma menina, com idade de 15 anos (não confirmada), havia sido "jogada" numa cela com 20 homens, provocou várias reações na consciência do "cidadão" brasileiro. Algumas, expressando revolta, indignação, incredulidade. Outras, banalizando mais um caso de violação contra os direitos humanos, uma vez que virou rotina presenciar no cotidiano exemplos similares, ou até piores.
Sem querer analisar currículo, ou seja, não importando o ato ilícito praticado pela menina, o fato é que é tenebroso imaginar que os direitos da pessoa humana - consagrados na Constituição brasileira de 1988 - são tão facilmente aviltados diante de uma população que, hodiernamente, age com naturalidade diante de tais eventos. Isto demonstra o descrédito que gozam nossas instituições, como simboliza a atitude do delegado da cadeia de Abaetuba, interior do Pará, que permitiu tamanha brutalidade com a menor, ao invés de aplicar à risca os ditames da lei.
Como se vê, os 21 anos de história da ditadura brasileira, marcada pela tortura contra pessoas, não acabou. Continua, hoje, sob novo regime político. Portanto, não adianta permutar o regime, se a mente autoritária daqueles que participam das instituições continua a mesma.
São resquícios de um passado de 500 anos de tortura, de um país que foi criado para uma minoria. Que excluiu da construção política os marginalizados latu sensu, como as mulheres, pobres, negros e ex-escravos. E que, talvez por isso, o Brasil do século 21, ainda continua sendo a senzala do século 16, onde mulheres, negras ou brancas, pobres ou ricas, eram objetos de satisfação dos seus senhores e coronéis.
De agora em diante, os regozijos granjeados pelos prisioneiros e pelo delegado de Abaetuba acompanharão a vida da menina, enquanto que tal brutalidade amanhã será esquecida pelas instituições, pelos noticiários e pelo povo brasileiro, que deverão acompanhar mais um outro (e novo) capítulo de violação contra os direitos humanos... uma tradição secular!
Sem querer analisar currículo, ou seja, não importando o ato ilícito praticado pela menina, o fato é que é tenebroso imaginar que os direitos da pessoa humana - consagrados na Constituição brasileira de 1988 - são tão facilmente aviltados diante de uma população que, hodiernamente, age com naturalidade diante de tais eventos. Isto demonstra o descrédito que gozam nossas instituições, como simboliza a atitude do delegado da cadeia de Abaetuba, interior do Pará, que permitiu tamanha brutalidade com a menor, ao invés de aplicar à risca os ditames da lei.
Como se vê, os 21 anos de história da ditadura brasileira, marcada pela tortura contra pessoas, não acabou. Continua, hoje, sob novo regime político. Portanto, não adianta permutar o regime, se a mente autoritária daqueles que participam das instituições continua a mesma.
São resquícios de um passado de 500 anos de tortura, de um país que foi criado para uma minoria. Que excluiu da construção política os marginalizados latu sensu, como as mulheres, pobres, negros e ex-escravos. E que, talvez por isso, o Brasil do século 21, ainda continua sendo a senzala do século 16, onde mulheres, negras ou brancas, pobres ou ricas, eram objetos de satisfação dos seus senhores e coronéis.
De agora em diante, os regozijos granjeados pelos prisioneiros e pelo delegado de Abaetuba acompanharão a vida da menina, enquanto que tal brutalidade amanhã será esquecida pelas instituições, pelos noticiários e pelo povo brasileiro, que deverão acompanhar mais um outro (e novo) capítulo de violação contra os direitos humanos... uma tradição secular!
2 comentários:
Amigo, vc está de parabéns! Não resta a menor dúvida de seu talento e sua propensão para o trabalho intelectual. O restante, agora, é apenas uma questão de disciplina, como dizíamos quando jogávamos xadrez. Espero que vc prossiga com esse seu brilho peculiar. Torço por seu sucesso. Um abração.
Tadinha da menina !!!!!!
Parabens Roberto!!!!!
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